quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Crónica do Mês - Feliz Gaifém

Fangueiros (e amigos de Fão):

Usarei esta crónica para “injectar” doses suplementares de espírito anti-fatalista no sangue da cada Fangueiro!

Faço-o porque acredito no potencial da nossa vila e nas qualidades do povo de Fão!

A vila de Fão apresenta invejáveis recursos naturais e paisagísticos que poderão ser melhor potenciados, dotando os seus frequentadores de uma excepcional qualidade de vida.

Encravada entre o mar e o rio, com cenários deslumbrantes como são as margens do Cávado, as dunas e o pinhal, revela qualidades capazes de atrair um turismo exigente e conhecedor.

Além disso, trata-se de um local propício à fixação de população já que, a esta tranquilidade e encantamento, alia uma relativa proximidade aos mais importantes centros urbanos da região, bem servida por excelentes acessos rodoviários.

Outro cartão-de-visita da nossa vila é nosso povo… Quem nos visitar encontrará um povo acolhedor, genuíno, naturalmente bem-disposto, dinâmico e com um bairrismo e sentimento de pertença à comunidade muito enraízado.

Mas Fão tem mais encantos… Temos algumas especialidades gastronómicas de gosto refinado, das quais as clarinhas serão o seu expoente máximo. Temos alguns monumentos históricos a merecer uma visita e para quem gostar de diversão, não faltam bares e discotecas para todos os gostos. E há mais…, muito mais para disfrutar…

Por tudo isso, acredito em Fão!!!

Fão tem futuro e melhorar passa pelas nossas mãos.

Parafraseando J. F. Kennedy: “Não perguntes o que a tua terra pode fazer por ti. Pergunta o que podes fazer por ela”

Por “um Fão” cada vez melhor

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crónica do Mês - Vítor Queirós

Coração que bate por Fão:

Penso muitas vezes no porquê de tanta gente não ter nascido numa terra tão especial como a minha. Mas também penso naqueles que têm a sorte de poder viver, conviver, passear nesta terra tão maravilhosa.
Em Fão tudo é natural, o rio, o mar, as paisagens, a cultura, a nossa gente, a nossa “língua”, a gastronomia, que tornam este cantinho de Portugal na terra mais encantadora.
As histórias contadas pelos nossos pais e avós, sobre como era a nossa Vila nos seus tempos de juventude, fazem-me ficar com saudade, mesmo não tendo vivido esses momentos. Os teatros revista, os circos no ramalhão, as histórias do Hotel Pinhal, as histórias e namoros com as/os turistas, as serenatas, as noites no Fôjo são marcas de um passado que a juventude de hoje recorda, e que gostava de as viver.
Contudo só nos resta mesmo as histórias!! Fão está sem vida!Está sem graça! Se não fossem os bares, as discotecas, a praia, Fão seria um deserto…. Não podemos viver só no verão.
A autarquia local em funções e as próximas que sucederão têm de “Ver Fão na Cultura”, aproveitar o património deixado pelos nossos antepassados, como é o caso da necrópole, que está abandonada (que em qualquer terra estava qualificada e seria um ponto turístico de valor), dar a vida e o movimento que o Centro Histórico já teve, preocuparem-se em criar actividades para os nossos jovens e idosos. Não basta fazer-se rampas e limpar as beiras das estradas.
Desta forma Fão seria melhor, mais atractivo turisticamente e mais próximo de todos os fangueiros.
Está na hora de todos aqueles que gostam de verdade de Fão, e que querem tornar a nossa terra ainda mais especial, se unirem e arregaçarem as mangas.
Os jovens fangueiros também têm que se aproximar da Vila! Nós somos o futuro de uma terra, que apesar de mágica ainda tem muito para dar.
“Vamos devolver acção a Fão.”

O meu coração bate por Fão!! E o teu?

Vitor Gaifém Queirós

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Crónica do Mês - Setembro

Dom Quixote é uma personagem bem conhecida da ficção, criado no século 16 pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes no seu clássico romance que leva o nome dessa personagem. Nessa história Dom Quixote enche a mente com lendas e fábulas sobre corajosos cavaleiros vestidos com armaduras reluzentes, salvando donzelas em perigo. Logo se começa a imaginar que ele mesmo é um nobre cavaleiro.Claro que Dom Quixote é apenas é apenas uma personagem fictícia.
Certo dicionário diz que enganar significa acreditar ou acreditar em algo que é falso ou errado. Tambem envolve causar erro de perce pção ou de julgamento, que faz a pessoa se sentir ignorante, confusa e indefesa .A ideia básica da palavra ,junto com sinônimos como dissimular e iludir,é fazer alguém se perder por meios traicoeiros.E tudo isto porquê?Pelo que tenho visto através das redes sociais Fão parece o paraíso,não o é!Já foi melhor do que é agora.Temos construção desenfreada e vai acabar por ser tudo destruido os lobies mandam mais.Vai-se fazer uma escola para quê?Não há alunos nem dinheiro,para detergentes nem para funcionários. A escola perde entre 10 a15 alunos por ano em Fão.Certo era melhor arranjar a escola actual do que fazer outra mais isolada para as crianças.Na escola de Fão ainda não houve uma desgraça porque a zona é uma zona de habitação,e há muita gente á beira. Isto porque não há porteira da escola e qualquer criança sai e entra.E com tantos predadores de crianças que há por aí até mete medo.Temos um parque natural para quê?Antigamente não havia parque natural ou paisagem protegida e tinha-mos mais pinhal ,mais diversidade de animais,com lontras ,corvos, pêgas e outros animais que já não me lembro.Temos um rio que se diz de águas limpas.Mentira,a etar lança água suja e muito suja para o rio. Perguntem aos pescadores de lampreia a lama que fica nas redes eu cheguei a ver muitas vezes.A água só costuma ser limpa um dia quando há um feriádo e uma ponte a seguir,já que as fábricas de Barcelos fecham. Temos uma praia muito fragilizada,e só digo isto,basta haver uma maré viva com uma tempestade para criar ondas de 6 a 7 metros para ser uma desgraça naquela zona. Temos uma terra muito pobre em que vive muito á base dos salários baixos que futuramente vão ter muitos problemas devido á crise financeira, com o perigo de muita gente ficar sem trabalho, se isso acontecer é uma tragédia social.
Tiro o meu chapéu á santa casa em relação aos mais idosos que tira muitos da estrema pobreza, onde são tratados com dignidade.
É provável que comece aparecer casos de pobreza em Fão e é uma coisa que me preocupa muito,já que eu já fui pobre e não há coisa mais humilhante que ser pobre.Há muitos jovens em Fão e eu pergunto qual será o futuro deles? Não há mercado de trabalho para eles ,muitos deles já emigram, com eu, não tinha hipótese.
E muito provável que a emigração aumente em Fão que tem consequências drásticas para a terra,a nivel económico,a nivel social,e a própria terra que fica deserta.No inverno já se nota isso.
Fão pode ser ainda uma terra rica em beleza devido ás suas carecteristicas, muito pobre nas gentes que vivem na terra.É das freguesias mais pobres do concelho.Porque o que interessa é o que tenho no bolso para gastar ou poupar e isso não é para todos.
Não consigo ver um futuro melhor para fão,mais construção, mais degradação social mais pobreza e menos emprego.
Acho que a maioria dos Fangueiros deviam estar conscientes do que aí vem e não deixar-se serem enganados.
Esta é minha opinião sobre algumas coisa de Fão, se eu estiver errado digam de sua justiça.........

UM GRANDE BEM HAJA PARA TODOS OS FANGUEIROS...
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Andre Campos

sábado, 24 de abril de 2010

Crónica do Mês - Maio

ANDARÃO AS PESSOAS OU AS TRADIÇÕES FANGUEIRAS COM FALTA DE “SAÚDE”?

Antes de mais, não poderia deixar de transmitir o agradecimento que me cabe pelo convite endereçado pelo Nuno Lopes para escrever a crónica do mês no seu blog, “Conversa de café”. Apesar de ter tomado conhecimento à relativamente pouco tempo da existência do mesmo, desde logo aceitei o convite pois do que vi gostei e achei bastante interessante, com uma compilação de informação pertinente e que sem dúvida para Fão, é uma mais-valia. Deixo também as mais sinceras felicitações a todos aqueles que deixaram o seu parecer e transmitiram as suas ideias em crónicas anteriores, pois como o Nuno diz, “sem dúvida que queremos todos o melhor para Fão”, afinal não fosse esta, a terra de todos nós.
Apesar de estar desde há quatro anos “longe” de Fão, o que levou a uma dificuldade acrescida na escrita da crónica por os motivos que lhe estão claramente associados, a nossa terra nunca se esquece, ainda mais uma bela terra como o nosso cantinho de Fão. Ou não fosse, como é enunciado numa cantiga que me veio à memória, reveladora do quanto a nossa terra é uma terra sem igual, passo a citar…”Oh Fão antigo, torrãozinho sem igual, és o mais lindo, cantinho de Portugal…”. Sem dúvida uma verdade…Mas estará Fão no seu melhor estado de saúde? Ou estarão as pessoas com falta de saúde?
As festas e tradições mal ou bem têm-se mantido, o que sem dúvida é de louvar o esforço feito por todos aqueles que de uma forma ou de outra têm contribuído para esse efeito. Fão é sem dúvida muito mais do que uma festa ou outra, mas é a cultura de uma terra, é a cultura de um povo, é a cultura do relacionamento e esforço que fazem de uma boa terra, uma terra única. E isso tem vindo a deteriorar-se, Fão já não é o mesmo. É de alguma forma triste verificar que aos poucos e poucos a nossa terra se tem vindo a desvanecer no tempo. Culpa de um, culpa de outro? Não me parece….culpa sim, de todos nós fangueiros. E não é só uma questão de dimensão, ou de estagnação, mas principalmente uma questão de espírito, de vivacidade e de alma. Não vou apontar nenhum caso em particular, pois parece-me que a falta de “saúde” das tradições e do povo se vem generalizando.
Tradições à parte, não queria desperdiçar a oportunidade de ainda fazer referência, passando o pleonasmo, à referência da nossa terra que é o turismo. Caso, que a meu ver está a tomar proporções que futuramente a sua recuperação e reestruturação já pode ser tardia. É preciso preservar aquilo que nos “pertence”, entre os quais a praia, o rio, o pinhal de Fão, que todos os anos trazem para perto de si centenas de turistas que consigo revitalizam a nossa terra, não só economicamente, mas também pela sua vivacidade.
Finalizo, esperando sinceramente, que todos deixem os interesses à parte e que façam de Fão, “um cantinho sem igual”, com pessoas e uma cultura únicas, que levem a nossa terra à sua máxima excelência. A todos os que sempre fizeram algo por esta terra de todos nós e continuam a não a deixar morrer, as minhas mais francas congratulações. Todavia, cabe a todos nós, mas principalmente àqueles que podem fazer realmente mais por Fão, que o façam. Falta transmitir a visão, delinear melhores objectivos, e tecer melhores estratégias para os atingir. Temos os meios, façam por chegar à meta.
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Um abraço e haja saúde,
Marco Lagoela.

sábado, 3 de abril de 2010

Crónica do Mês - Abril

Viva!
Antes de mais, obrigado pelo convite à escrita! ;)

Dizem que só damos valor às coisas quando as não temos. Foi já em 2001, aos 18 anos que deixei de acordar todos os dias em Fão. Os estudos, o trabalho, os projecto e a vida em si levaram-me para lugares distantes. Pois quanto mais longe estou de Fão, mais me conheço. Porque ao me entrosar com outras gentes, encontro em muitas delas o vazio do meu pinhal, da minha praia, do meu rio, do meu paraíso lusitano.

Falar de Fão é para mim, falar da ausência de Fão nos outros.
Actualmente vivo em Lisboa e apesar de me sentir confortável com a cidade, um dos episódios recorrentes que presencio na capital prende-se com o facto de me cruzar diariamente com pessoas sem Fão. O despreso que muitos dos portugueses que migram para a capital têm pelas suas origens é uma “ausência de Fão”. À sexta-feira é recorrente ouvir: “Então, vais p’ra fora no fim de semana? Eu vou p’rá terrinha”. Nem proferem o nome da dita terrinha, como se houvesse vergonha nisso. Mas que falta de amor próprio! Mas que falta de Fão! Como podemos ser pessoas resolvidas, empreendedoras e felizes se não temos Fão?

Estando em Fão uma vez por mês, recolho fragmentos de canções que vou compondo ao percorrer a vila na minha bicicleta. Se tivesse queda para a política tentava melhorar Fão, mas apenas consigo compor canções. Apesar disso, ponho sempre um bocadinho de Fão nelas, porque carrego um pedaço de Fão em mim. Para muitos dos que estão longe, sei que é difícil colocar permanentemente um pouco de Fão em tudo que se faz. É difícil e por vezes esquecemo-nos.

Esquecemo-nos porque para muitos, Fão torna-se uma memória distante duma infância em slides e polaroides. Estará o segredo da eterna juventude escondido algures em Fão? Não sei, mas procuro-o sempre, nas corridas que faço pela vila ao entardecer.

É importante continuar a correr em Fão, correr atrás de Fão. Não o deixar fugir, não o deixar escapar-se-nos por entre os dedos.

Obrigado pela oportunidade de partilhar um pouco de Fão! =)

Carluz Belo

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Crónica do Mês - Fevereiro

Antes de mais, preciso de agradecer á Conversa de Café, pelo convite que me foi endereçado.
Fui completamente apanhado de surpresa, no entanto, foi com muito agrado que aceitei, e decidi escrever algo.
Inicialmente o tema pareceu-me tão simples, falar de Fão, a minha terra...afinal...as coisas não são assim tão lineares.
Desde 2003 que não vivo cá, desde 2003 que não convivo diariamente com os problemas, com as necessidades, com as alegrias, com as vitorias, com as derrotas.
Em 2009 tive uma primeira incursão sobre o assunto Fão, no entanto as coisas não correram bem, pois falou-se de muita gente que se sentiu tocada, diria até que se tocou em muitas feridas que não seria suposto tocar. No entanto, porque vivemos num pais democrático, é mesmo sobre isso que quero falar, sobre os problemas que a nossa terra tem, problemas esses que nunca me escaparam mesmo não estando presente fisicamente.
Nas últimas eleições ganhou a esquerda, mas mais do que isso, ganhou alguém que não monopolizava as eleições com panelinhas oriundas dos bombeiros, ganhou alguém que veio por um fim aos tachos que existiam na junta de freguesia, e por um fim a uma corrupção camuflada por sorrisos, e falsas promessas. Com isto, não quero dizer que sou a favor do Luís Peixoto, até porque há muita coisa que ainda tem que provar, mas sou, com certeza a favor da mudança, e de cortes radicais com o passado.
Infelizmente a nossa terra, tem vivido de amigos e amizades, que escondem a incompetência, reflectida numa gestão a todos os níveis danosa, que está á vista de todos, levando a um estancamento evolutivo na nossa vila.
Como bons portugueses, continuamos a viver de memorias, de saudosismos, de recordações, mas esquecemo-nos, que a vida é o futuro, e se queremos que este seja risonho, é necessário mais empreendimento, mais investigação, mais investimento, e acima de tudo, uma maior vontade para que algo aconteça. Eu próprio propus diversas vezes á junta de freguesia, o desenvolvimento de acções de formação na área das Tecnologias de Informação (a minha área), no sentido de cativar mais investidores, mais investimento, visto tratar-se de uma área com menores custos, e que poderia levar a que mais gente tentasse a mesma, (descentralizando) não reduzindo tudo á capital. Como é obvio, nem sequer houve respostas, isto porque envolvia trabalho, palavra que assusta muita gente.
Em 2009 fiz também algumas criticas ao Novo Fangueiro, por ser tão redutível nos seus assuntos, e por se dedicar demasiado ao FC Fão, aos Galácticos, aos Bombeiros, e dedicar-se muito pouco á destruição do pinhal por exemplo. Obviamente que este tema é tabu, e feriu muitas susceptibilidades, inclusivamente recebi emails injuriosos por parte de alguns responsáveis, o que demonstra acima de tudo uma tremenda falta de encaixe, uma vez que apenas partilhei a minha opinião. Pois bem, o que é verdade é que o jornal mudou, e as coisas mudaram ligeiramente, e por isso também deixo uma palavra para as pessoas que para esse jornal trabalham, uma vez que também é necessário louvar o que se faz de bom, e muitas coisas no mesmo, são realmente positivas.
Mas o saldo é claramente negativo, nos meus 23 anos de vida, vi poucas mudanças, vi muita coisa acabar, e pouca começar, vi muitas oportunidades perdidas e poucas ganhas. De quem será a culpa? Não será de todos nós? Será que fazemos o suficiente? Não me parece. Perdemos demasiado tempo a olhar para o nosso umbigo, do que realmente a tentar algo. É realmente triste para mim, e para muitos outros, ter de estar longe da família, dos amigos, da nossa terra, para poder trabalhar, isto porque a nossa própria terra não nos dá nada, aliás nunca deu, tudo de bom que cá existia terminou, sem que ninguém mexesse um dedo para alterar o curso dos acontecimentos.
Em suma, as coisas não estão bem, e não há grandes perspectivas de melhora, há sim, uma grande perspectiva de degradação, uma vez que agora as entidades patronais têm uma desculpa cliché para a sua incompetência, agora podem usar A Crise como justificação para tudo. Gostava de daqui a uns tempos poder escrever, que me enganei redondamente, e que afinal as coisas melhoraram, e houve mudanças positivas, e que as pessoas que gerem a nossa terra actuaram e cumpriram o que prometeram, mas infelizmente custa a acreditar nisso, até porque o exemplo que vem das pessoas que gerem o Pais, também não ajuda...esperemos para ver...
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Rui Pedro Silva

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Crónica do Mês - Setembro

Atendendo ao pedido do meu amigo e vizinho Vítor Hugo para garatujar algo sobre Fão, dada a época em que estamos, lembrei-me das férias e dos turistas que passam pela nossa linda terra.

Férias em Fão…

Agosto ainda é o mês das férias… Aqueles que têm oportunidade mudam-se de “armas e bagagens” para locais propícios a férias… e muitos elegem o nosso cantinho, talvez pela diversidade que temos para lhes oferecer. O nosso mar azul e plano que se liga ao Céu na linha do horizonte como se dele fizesse parte, a nossa praia de Ofir que transmite momentos de paz, longe da rotina a que durante o ano somos sujeitos, o pinhal (outrora muito maior) que nos propicia tranquilidade, sossego e o ar puro da natureza redundante. Mas para além de tudo isto e para quem também se pretende divertir temos uma diversidade de restaurantes, bares e discotecas. Lugares acolhedores e descontraídos, com serviços de qualidade, onde se respira um ambiente jovem e enternecedor, perfeito para quem nos visita. Convive-se, dança-se, seduz-se, namora-se, até as forças esmorecerem quando o amanhecer se aproxima.
Todo este rol de ofertas é magnificamente rematado com o clima temperado e com a hospitalidade dos fangueiros que firmam a riqueza da nossa terra.
Enfim… Adia-se por um mês tudo o que se pode e mesmo o que não se pode, remete-se para depois das férias todas as escolhas e decisões. Porque de férias quase todos gostamos e quem as passa em Fão com certeza que repete, pois é demais o que os encanta!
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Sandrine Caseiro

terça-feira, 28 de julho de 2009

Crónica do Mês - Agosto

A Bela Praia de Ofir……. Até Quando?

Agradecimento: Não poderia jamais começar esta crónica, sem antes agradecer este repto que me foi dirigido no sentido de escrever algo acerca da minha/nossa linda terra. Como tal, deixo aqui o meu mais sincero agradecimento aos “donos” deste espaço da blogosfera e em particular ao Vítor Hugo, pelo qual fui convidada e honrosamente agradeço o desafio lançado.

O Equilíbrio em Debate ….

Para realizar esta pequena crónica vou debruçar-me acerca de um tema que engloba várias questões, sendo que é ao mesmo tempo um problema e uma realidade que nos afecta a todos nos dias que correm. Falo em concreto das praias, nomeadamente das praias de Ofir, e da sua consequente e cada vez maior erosão ao nível das dunas.
E porquê o equilíbrio em debate?
Para ser possível responder a esta questão é de fulcral importância falar dos oceanos, são eles que nos proporcionam o equilíbrio e a vida, sem a existência deles a vida na terra seria impossível. O nosso planeta seria um deserto, tal como os planetas Marte. É ainda necessário ter em conta que cerca de 71% do nosso planeta é constituído pelos oceanos, fornecem ao homem para além de meios de transporte, e inúmeras actividades recreativas como é o caso do surf, mergulho, pesca, barco (vela e motor), natação etc, proporcionam também recursos como é o caso do óleo e gás, que são obtidos nos oceanos, para não falar da fauna marinha, de toda a vida animal existente no fundo dos oceanos que é necessário ao equilíbrio e á vida humana.
A erosão ao nível de toda a linha litoral, mas focando-me mais concretamente nas praias de Ofir, é um problema bem real. Urge a necessidade não apenas de uma mudança de mentalidades global, mas sobretudo um agir local. Falando em Global, mas afinal o que é isto do aquecimento Global? Ou será antes arrefecimento?
Ao falarmos de erosão, subida da linha do mar e de tantas outras atrocidades cometidas pelo homem, temos que falar claro está no aquecimento global, este provém da alteração da fina camada por qual a terra é coberta, esta, está a ficar cada vez mais espessa devido às quantidades de dióxido de carbono e de outros gases com efeito estufa originados pelo ser humano. Á medida que se torna mais espessa retém uma grande quantidade de radiação infravermelha. Em resultado disso, a temperatura da atmosfera da terra e dos oceanos está a aumentar perigosamente, o que leva assim a um degelo, a uma consequente subida da linha das águas do mar, que colmata numa alteração cada vez mais significativa de toda a linha costeira. Contudo, sem querer parecer demasiado dramática, isto poderá sim, culminar num novo redesenhar dos mapas. Se o aquecimento global derrete o gelo em terra, aumentando a quantidade de água nos oceanos, o mar acabará por invadir continentes, submergir ilhas, varrer do mapa cidades e países, tudo isso será catastrófico, milhões de pessoas que vivem nas linhas costeiras e países baixos invadirão outros países em desespero, serão então milhões de desalojados, tudo isso trará fome, doenças que se progredirão, agua potável que começará a escassear. É em suma uma visão um pouco apocalíptica. Por outro lado, e achando que é o que se chama de um verdadeiro balde de água fria, uma vez que andamos em plena profissão de fé acerca do aquecimento global, eis que chega um cientista russo, e nos diz que o que vivemos não é um aquecimento, mas sim um arrefecimento. Ora bolas, e agora? Porque arrefecerá a terra? E quando ocorrerá?
É simples, isso deve-se ao decréscimo da energia solar, está estimado que ocorra lá para 2050. Teorias ou não, este cientista assegura que o “aquecimento global” já atingiu o seu auge e que a partir de agora teremos temperaturas cada vez mais frias. Este ano, na Sibéria, já se registaram temperaturas dez graus abaixo da média. Quem o diz é um russo. E os russos, de frio, sabem bastante.
Mas não perdendo de vista o tema de fundo pelo qual me decidi a reflectir, e tendo noção de todas as consequências que poderão advir com a contínua progressão do mar e a consequente erosão da linha costeira, eis que surge o BELO EXEMPLO DA PRAIA DE OFIR. Senão vejamos, a praia de Ofir é bastante comprida em termos de extensão já que se expande até à foz do rio cavado, o mesmo já não se pode dizer da sua extensão desde a duna até á linha do mar, sendo que nos últimos anos tem vindo a sofrer de uma grave erosão, em que muito não tem sido feito no sentido de controlar esse problema. É uma zona turística por natureza possui grandes recursos naturais. A praia em si é habitualmente muito frequentada por surfistas. Possui fundos de areia em determinadas zonas, e rocha em outras o que faz com que reúna as condições ideais para a prática da modalidade entre outras.
Possui bandeira azul há vários anos, e tem como particularidade pertencer á Área de paisagem protegida do Litoral de Esposende, é aqui neste ponto, que apesar de achar de bastante significância o facto de ser uma zona de paisagem protegida, na tentativa de preservar todos os recursos que naquela zona se encontram, por outro lado causa-me uma certa estranheza o facto de não serem tomadas mais medidas no sentido de combater a crescente erosão que assola a zona de Ofir, mais no lado sul da praia, que dá pelo nome de praia da Sr.ª da Bonança.
Ofir é uma zona Tida e Dita de protegida, aonde o mar tem vindo a avançar desde a década de 70. Aí se deu o inicio do problema que assola toda esta zona, em que foi necessária a construção de paredões, mas estes a meu ver só vieram piorar, no entanto não tentem colocar a culpa de tudo em cima das desgraçadas pedras, que foi o que aconteceu com um caso bastante polémico e de opinião pública em que um senhor montado nos euros, ganha um processo contra o Estado alegando que as “pedras” fizeram com que o mar estivesse a uns parcos metros de sua real vivenda. Oh que desgraça! Agora era a vez de este Senhor ser processado por ter cometido o crime de construir uma casa em cima das dunas. Isto realmente é uma pândega.
Mudando de assunto, mas não de tema, todos os anos com a chegada da época balnear não assisto a um controle e consciencialização por parte das chamadas entidades “protectoras”. Esta zona é assim invadida durante os meses de verão por milhares de pessoas, que insistem em destruir a vegetação - tão rica e rara -existente, enterrando os seus carros, ao lado do local de onde fazem os seus piqueniques, sem existir ao menor preocupação em retirar o lixo após a realização do mesmo.
O que de facto se tem vindo a observar é que existe uma despreocupação quer com os pinheiros quer com as dunas, uma vez que o que se constata é que uns vão tombando e os outros secando. Vários factores entram em certa contradição com a preocupação em preservar aquela zona, de entre muitos posso referir a construção abusiva que foi em tempos feita ao longo de toda a linha, os casos mais gritante são as famosas torres de Ofir, assim como o próprio hotel Ofir, que se encontram em cima de dunas. Para além também de todas as moradias privadas que ao longo dos anos foram sendo construídas em plenas dunas. Tenho noção que este não é apenas um problema que afecta esta zona, pois por toda a linha nacional a situação aconteceu e continua a acontecer, mesmo com os esforços que têm sido realizados no sentido de cada vez mais se tentar combater este tipo de situações.
Mas o que acontece é que ao longo dos últimos anos, e com as politicas que têm sido desenvolvidas no sentido de uma maior consciencialização e sendo o pinhal de Ofir, uma zona que se encontra a laços estreitos com a linha costeira, funcionando como um recosto das dunas no sentido de ajudar também a uma maior fixação das areias este tem vindo aos poucos a ser destruído, na construção de moradias de luxo, que além de serem acessíveis apenas a alguns, encontram-se nas chamadas áreas “protegidas”. Ou seja, as “áreas de paisagem protegida” por muito que me custe, de repente deixam de o ser, quando o poder do dinheiro assim o reclama. É triste, mas mais triste é, quando somos nós, filhos da terra, a contribuírem para a sua destruição. Não acuso ninguém, porque no fundo a culpa é de todos, pela nossa passividade e pelo deixa andar, claro que depois atirar pedras aos outros é sempre o caminho mais fácil.
Grande parte do pinhal de Ofir encontra-se mesmo junto á linha costeira, toda essa zona possui espécies consideradas raras. A Área de paisagem Protegida do Litoral de Esposende foi requalificada para Parque Natural do Litoral Norte. Os seus limites também foram alterados. A área ocupada passou de 440 h para 8887 h, incluindo área marinha até às 2,5 milhas. Esta é constituída por praias e dunas, às quais estão também associadas não apenas os rochedos costeiros, assim como os estuários do rio Cavado e Neiva, as manchas de pinhal e mata, bem como as paisagens rurais e agrícolas. Esta zona tem já uma forte tradição em termo agrícolas, nomeadamente no que diz respeito á apanha de sargaço, que são algas do marinho e apanha do pilado que são pequenos crustáceos, esta tradição está mais fortemente enraizada nas praias de apúlia. Outra das tradições fortemente enraizadas nesta zona é o cultivo das masseiras.
No que diz respeito á vegetação ao nível das dunas, esta representa um papel fundamental na fixação das areias, poderemos encontrar aí, espécies como o cardo marinho, o estorno e os cordeirinhos da praia. Nas zonas de transição para o mato surgem espécies consideradas exóticas como o chorão, a acácia a austrália, assim como manchas de pinheiros bravos. Esta zona, no que diz respeito á fauna é predominante na avifauna, sendo que coexistem diversas espécies migratórias assim como residentes, falo em aves como a garça-real, o pato – real e o guarda-rios.
No que diz respeito aos peixes, a lampreia, a enguia, o robalo e a tainha são os peixes que se encontram com maior abundância. Outras das particularidades desta zona, são os pitorescos e característicos moinhos de vento, que estão englobados na área de paisagem protegida e que se encontram espalhados por todo o areal de Apúlia. São construções simples, que estão inseridas na paisagem de uma forma magnífica.
Considero que a requalificação foi um grande passo na tentativa de preservação desta zona, que vive essencialmente da terra e do mar, é importante cada vez mais criar uma consciencialização para que se preserve o que de melhor possuímos. Sendo esta uma zona turística por excelência, em que muitas vezes o progresso é feito em detrimento da preservação, tudo tendo em vista mais turismo, com o pensamento de um maior desenvolvimento, não será necessário repensar estas ideias? Pois se somos procurados pelos recursos e beleza que possuímos, se tudo for aos poucos deitado a perder, e sendo esta e mais uma vez ressalvo, uma zona que vive do turismo, com a perca dele viveremos de quê?
Esta é daquelas perguntas que considero que é um chamado “chapéu de dois bicos”, pois por um lado rapidamente somos acusados de um propagandismo barato, uma vez que rapidamente se misturam questões políticas, com os reais interesses e no fundo quem sai realmente a perder é o espaço ambiental e anos mais tarde, nós, os nossos descendentes, que se verão a braços com uma real questão de cada vez mais difícil resolução.
Não é contudo minha intenção “difamar” qualquer tipo de trabalho, ou tentativa de o julgar falso, até porque considero como já referi que muito tem sido feito. Mas é, e mais uma vez digo urgente pensar e repensar em formas de combater a erosão, porque por muitas políticas que se adoptem, se algo não for feito rapidamente, o velho ditado das pessoas que toda a vida viveram junto ao mar é bem passível de ser cumprido, é algo do género “um dia o mar vem recolher o que lhe pertence”.
O panorama ecológico começa com uma visão do todo, ou seja como as diferentes partes pelas quais a natureza é composta e como interagem entre si na preservação do equilíbrio. Mas não podemos ver a natureza como algo à parte, também fazemos parte do todo e como tal é uma imagem recíproca de nós mesmos.
Por outro lado existe uma tendência em nós, o que acaba por ser uma visão limitada, ou seja que os nossos actos de hoje não terão mais tarde consequências nas gerações futuras, como que se os nossos actos, não tivessem apenas consequências num futuro que nos parece demasiado longínquo, em que os nossos filhos e netos nem sequer iram sofrer consequências. Esta tendência tende ainda a ser mais limitada, quando pensámos, que não vão ser os nossos actos, que iram fazer a diferença, seja para o bem ou para o mal. Como nos diz Al Gore, no seu livro «A terra à procura do equilíbrio» em que ressalta o facto de esta ser uma herança, que de certa forma nos é transmitida a todos, e ainda hoje continua a ser, principalmente às crianças. “A Terra é tão grande e a natureza tão poderosa que nada que façamos pode ter algum efeito importante ou duradouro no funcionamento normal dos seus sistemas naturais.”
Penso que o ser humano, cada vez mais começa a ter consciência dos seus próprios actos, mas mesmo assim tem a tendência, e a capacidade de se conseguir remeter para uma espécie de “cegueira mental”. O homem no seu pleno uso de todas as suas faculdades consegue realmente ser um cego que tudo vê.
Por: Isabel Cristina Da Costa Torres

Uma “Filha” de Fão

sábado, 27 de junho de 2009

Crónica do Mês - Julho

Desde já, começo por agradecer o convite feito pelo meu amigo Nuno Lopes, para escrever uma crónica para o seu blogue, blogue que tinha tido conhecimento da sua existência, dias antes do convite.
É louvável, jovens fangueiros terem este tipo de iniciativas, que dinamizam Fão e debatem os problemas que a nossa Vila possui, para que pelo menos, os restantes Fangueiros tenham conhecimento deles, e lhes seja permitido um local de livre expressão, pressionando também o poder local a agir e tomar consciência desses problemas.
Aceitei prontamente, há exactamente um mês atrás, foi-me pedido que falasse sobre Fão, na altura não compreendi a dificuldade dessa tarefa, mas, à medida que fui pensando sobre um tema, tomei consciência da sua dificuldade.
Tenho andado afastado de Fão durante os últimos quatro anos, e agora que terminei o curso é que tenho tido tempo para apreciar a minha terra. Portanto, li exaustivamente todo este blogue e grande parte do “Novo Fangueiro” para me inteirar e poder escrever algo com fundamento.
Reparei, que a Política é algo que suscita grande participação dos Fangueiros, e como estamos em ano de eleições, decidi abordá-la ligeiramente. Essa participação dos Fangueiros, deve-se provavelmente, porque não estamos habituados à mudança…!
Mas os Fangueiros, alguma vez, tiveram realmente que se debruçar e reflectir sobre quem escolher para Presidente da Junta nas últimas três eleições? A minha opinião é Não. Nunca existiu uma candidatura que fizesse frente ao Sr. José Artur e isso para Fão, é lamentável, porque significa que nos últimos 12 anos não existiu uma candidatura credível, em que os Fangueiros acreditassem, que os fizesse duvidar, ponderar e escolher pela melhor.
Não coloquem as minhas palavras num centro-direita político, porque sou da opinião que mais de três mandatos em cargos políticos é demais, e é demais porque surge a acomodação, e penso que deve existir frescura e força para trabalhar no próximo Presidente. Contudo, após esta reflexão, surge-me outra, mas então se não há candidatos que façam mais do que apresentar “chavões políticos” e que em nada vão mudar as actuais políticas realizadas em Fão, para quê arriscar numa mudança?
O que eu vejo, é que temos um pavilhão gimnodesportivo mal aproveitado, o que eu vejo, é que o Clube Náutico está adormecido, um clube por onde passaram Belmiro Penetra e Emanuel Silva. Vejo um Museu fechado, vejo a marginal do rio cheia de dejectos de pato e ervas daninhas, vejo um cemitério medieval sem sinalização, completamente abandonado. Vejo um centro paroquial…mas, afinal para quê que aquilo serve? Para dar catequese a meia dúzia de crianças? Fão tem vários tipos de sinais informativos diferentes, quando devia ter os sinais todos iguais, vejo placas privadas a indicar restaurantes, discotecas, vejo sinais novos à entrada da “avenida da praia” a indicar os Hotéis e mais á frente os antigos com as mesmas informações, vejo o nome de Fão rasurado á entrada da Ponte, quando aquilo devia ter um letreiro a dizer Fão até Esposende, para quem o risca ver bem o F o A e O.
Vejo o poder autárquico local de mão dada com os construtores que destroem o Pinhal de Ofir para construir condomínios de luxo onde vão viver ricaços de fim-de-semana. Vejo o poder autárquico local fechar os olhos a empresários que destroem centenas de pinheiros por capricho, e quando eles já estão cortados, então sim, “bora ir buscar um licença á câmara para isto ficar legal”. È isto que eu vejo, e não me digam que o poder autárquico não pode fazer nada em relação a isto, o centro desportivo, foi construído numa ZONA DE RESERVA ECOLÓGICA NACIONAL, se podem permitir que construam, também podem impedir que o façam.
Mas, vejo uma oposição sem ideias, vejo o Sr. Edgar Silva (MPT) a dizer que Fão está “Na cauda das freguesias do Concelho”, é a frase mais lamentável na sua entrevista propagandista, sem fundamento, sem senso-político algum. Por momentos pensei que estivesse a falar do campeonato nacional da III divisão onde Fão joga, mas não, é mesmo da Vila.
Já o Sr. Luís Peixoto (PS) defende a variante a passar pelo centro desportivo, conclusão, defende que mais pinhal seja mandado abaixo e que se inutilize uma vasta área de terreno agrícola. Mas parece que a ideia não é sua, portanto não está a defender nada pessoal. Contudo, não se vê grandes ideias a partir deste candidato, baseando-me na sua entrevista ao “Jornal de Esposende”, nada de novo, e pelo que muitos dizem, falta-lhe garra e convicção no que diz.
Assim, não vejo alternativas ao Sr. José Artur (PSD), mesmo apesar de todos os problemas que já referi e de não gostar da monotonia que surge em mandatos múltiplos.
Alguém disse, que o problema de Fão não está no poder político, mas sim nos jovens fangueiros que não se interessam por Fão, um tanto verdade na minha opinião, daí ser importante continuar com a Festa da Cerveja e do Marisco que ajuda várias associações e junta bastantes jovens. As iniciativas de animação de Verão devem ser aumentadas levando á participação dos jovens fangueiros. È importante o Poder político local lutar para que tradições Fangueiras não se percam, não deixando morrer “A paixão de ser Fangueiro”.
Talvez fosse mais útil os candidatos políticos lutarem por um Fão melhor, em vez de lutarem propriamente pelo cargo político, isso sim, seria um exemplo para os jovens Fangueiros, um exemplo de ser Fangueiro.
Por ser Biólogo, e por ser Fangueiro, não podia deixar de fazer uma referência ao Sr. Carlos Palma Rio pelo seu livro “Fão Natural…”, está de parabéns por este trabalho fantástico.

Até á próxima.
Um Abraço
Dário Lúcio Ferreira de Jesus - dario_lucio_jesus@hotmail.com

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crónica do Mês - Junho

Esta coisa de um gajo ser pai faz-me pôr para aqui a pensar, angustiado, se algum dia serei capaz de cumprir com o meu papel enquanto educador. Assim do mesmo género que o município esposendense – EDUCADOR – com letras grandes. É que tenho cá a ideia de que os putos nos vêem como umas coisas muito estranhas, difíceis de decifrar, estúpidas e incoerentes e, se ali no infantário da santa casa tivessem um blog como o “Conversa”, haviam de atulhar a caixa dos comentários com aqueles recadinhos de nos pôr orelhas a arder, enquanto nos mandavam ganhar juizinho.

E lembrei-me de reflectir sobre isto, porquê?

É que princípios fundamentais em educação como o dever dar o exemplo, por exemplo, é coisa que tendemos a deixar escapar, acostumamo-nos a um determinado estilo de vida completamente insustentável e, além de já não conseguirmos dispensar os vícios, ainda os transmitimos sem apelo nem agravo aos petizes que, confusos com o jogo dos opostos, se vão habituando ao bem-bom, ainda que o discurso elaborado dos progenitores não encaixe bem naquilo que são os seus reais hábitos, senão, vejamos: - (à noite a protestar com as notícias enquanto o puto nos mede) «ah… e tal… o aquecimento global que nos há-de assar o caco a todos, se não formos capazes de parar com a queima de combustíveis fósseis» (na manhã seguinte, sexta-feira, infantário a cem metros, menino no carro e, upa, que assim ainda se poupam cinco segunditos na ida para o trabalho); (à noite a protestar com as notícias enquanto o puto nos mede) «ah… e tal… a água doce no planeta que está a esgotar-se e haveremos de morrer secos que nem uvas passas, se não a pouparmos» (na manhã seguinte, sábado, toca de ir ali com o rapaz lavar o carrinho e pô-lo a brilhar, que amanhã é dia da voltinha domingueira); (à noite a protestar com as notícias enquanto o puto nos mede) «ah… e tal… a Amazónia está a desaparecer e vamos ficar sem o pulmão da Terra, porque os americanos da McDonald´s estão a desbastar a selva e a substitui-la por pastos para as vaquinhas» (domingo ao almoço, upa, para o shopping comer uns hambúrgueres que o rapaz gosta) … depois vem-nos a perplexidade ao constatar que o puto, já adolescente, se sente desorientado.

A propósito de falta de orientação…

São já inúmeras as intervenções neste blog de alguém (sim, aqui é hábito emitirem-se “corajosas” opiniões sob o escudo do anonimato) que nos questiona e se lamenta, de modo reiterado e de ânimos acicatados, sobre a crueldade que é não podermos construir a nosso bel-prazer naquilo que é nosso ou em rentabilizar ao máximo a venda do nosso terreno situado em plena zona verde. Ora, arcaísmos desta grandeza, infelizmente, já deixaram de me surpreender há muito tempo, mas vamos lá ver se serei capaz de contar brevemente a parte final de uma história que terá tido o seu início no tempo dos romanos.

Obviamente que para qualquer comum mortal é legítimo desejar extrair todos os benefícios ou vantagens que um bem ou uma coisa sua lhe possa prestar. E é precisamente por essa evidência que os legisladores, logo no texto constitucional, separaram o direito de propriedade (garantida no artigo 17º. da Declaração Universal dos Direitos do Homem), do direito de construir, pois, se os poderes conferidos aos proprietários fossem absolutos e ilimitados, como poderíamos garantir, por exemplo, a construção de estradas e outras vias de comunicação ou de distribuição de energia, a preservação dos recursos minerais ou hídricos, a manutenção da nossa herança cultural e a protecção do nosso valiosíssimo património paisagístico, em suma, a salvaguarda do interesse público? Ou será que este não deve preponderar sobre o privado? Se o direito de construir não fosse regulado, o que é que impediria cada proprietário de edificar os absurdos urbanísticos que bem entendesse, um após o outro, de modo desconexo com o seguinte, até transformar o conjunto denominado de cidade num território sem a harmonia necessária e fundamental para a nossa qualidade de vida e bem-estar social.

Felizmente, e tendo por base princípios gerais de sustentabilidade e de planeamento urbanístico, as sociedades modernas implementaram as suas políticas de usos e ocupação dos solos, a que chamamos de planos de ordenamento do território e nos quais se incluem os sobejamente conhecidos Planos Directores Municipais (PDM). E Esposende tem um, senhor anónimo. Mas compreendo a desorientação. Em Esposende – MUNICÍPIO EDUCADOR – com letras grandes, temos o hábito, por exemplo, de ensinar as criancinhas a plantarem árvores com um palmo de altura ao lado de um robusto pinhal destruído para projectos de índole imobiliária e de desenvolvemos elaboradas campanhas para sensibilizar as criancinhas a não pisotear a vegetação das dunas ao lado de luxuosas moradias para veraneio edificadas em pleno sistema dunar …

Enfim… tenhamos esperança que o próximo PDM, cuja discussão pública deverá estar para breve, venha de uma vez por todas restringir a dispersão da construção para os, cada vez mais escassos, solos de comprovada aptidão agrícola e de relevante valor ecológico, promovendo efectivamente a vontade de reconversão dos decrépitos centros urbanos consolidados.

Só por esta via a nossa terra se pode tornar mais atractiva e competitiva.

Jorge Silva - jorgesilva560@gmail.com - www.verdes-ecos.blogspot.com

terça-feira, 28 de abril de 2009

Crónica do Mês - Maio

Este mês cabe-me a mim fazer a crónica para este grande blog. Fiquei surpreendido com o pedido que me foi feito mas aceitei com todo o gosto…depois do pedido aceito veio a maior duvida. Escrever sobre o quê? Fão, muita coisa para escrever por onde começar?

Talvez pelo menos bom

Sendo eu estudante e gostando de oferecer “lembranças” da nossa bela terra, dirigi-me a nossa junta de freguesia para pedir insígnias. Coisa típica de estudantes de universidade, troca de “prendas” entre os melhores colegas pessoas que marcaram etc. Quando chego a junta pergunto se têm insígnias.e qual é o meu espanto que me dizem…não, mas já agora quantas precisa? E eu 15. Qual foi a resposta.pois isso não temos, temos ali 6 ou 7 guardadas mas são para pessoas aqui de Fão. E eu tudo bem. Isto aconteceu no mês passado. Qual não é o meu espanto que eu tenho ido lá várias vezes pedir insígnias e a resposta é sempre a mesma. Agora eu ponho-me a pensar, será que não há tempo para as mandar fazer? Dinheiro? Se estão a espera que no sítio habitual se faça ou que tenham um espacinho para as fazer, bom acho que é melhor começar a pensar-se ir fazer noutro lado. A única vez que me “deram” resposta positiva pelas insígnias, foi no meu primeiro ano, isto há 2 anos atrás. Precisamente 11, uma oferecida, sendo eu de Fão e 10 pagas por mim. E agora eu pergunto, se fossem turistas onde poderiam eles arranjar lembranças destas? Em nenhum lado! Acho que é de bom agrado que aproveito para pedir mais uma vez para fazer mais insígnias. É sempre uma maneira de ganhar mais dinheiro. Digo eu!
Bom mas deixando este tema, começo outro.

Festa do Senhor Bom Jesus de Fão.
Primeiro dia, passagens de modelos ruas vazias, frio no ar.
Não estou habituado ver a terra assim despida. Não é tradição no primeiro dia andar meia dúzia de gatos-pingados a divertirem-se. Pelo menos uma voltinha pelo bom Jesus. Não sei talvez já não esteja habituado ao sentido que Fão levou nestes últimos tempos. O meu tempo não é muito na nossa belíssima terra. Infelizmente a Crise chega a todo o lado.
Não posso falar dos outros dias já que vim embora no sábado (segundo dia da festa B.J.)

ASP
Sendo eu um morador das Pedreiras, um dos muitos lugares de Fão, e já tendo feito parte da grande associação que é as Águias de Serpa Pinto. Venho felicitar todo o projecto dês do primeiro dia até hoje. Das iniciativas que vão tendo ao longo do ano, das equipas que formaram, do pessoal que lançaram para o mundo de desporto e não só. Infelizmente já não são tantos assim os aficionados a esta grande associação, por falta de meios, apoios tempo e vontade as pessoas acabam por desistir, não sei se é a palavra mais aceita para isto, mas aos poucos vem a “morrer”.
C.F.Fão
Não esquecendo também a grande equipa do Clube Futebol de Fão. Com grandes mudanças, casa nova etc. Parabéns por todos os esforços feitos e “batalhas” conquistadas.
Coisas que me orgulham da minha terra, por vezes não tão faladas, a nossa gastronomia, falando mais nos doces. Algo que me trás muitas saudades quando passamos muito tempo fora, os belos dos folhadinhos, as clarinhas etc. Coisas que nos lembram a nossa infância, o largo do cortinhal onde todos nos juntávamos para as nossas brincadeiras, ou mesmo perto da pousada. Lembro-me muito bem momentos lá passados. Foi lá que dei as minhas primeiras pedaladas de bicicleta. Hoje em dia os jovens não têm nada disto. Estragos, desleixo falta de aproveitamento dos espaços sei lá, tudo e mais alguma coisa. Coisas que hoje as crianças não dão importância e que um dia para mim e para muitos eram tudo.

Bom podia falar e falar de muitas outras coisas que marcaram a nossa terra, Pesca, História, o Mar a Praia, as Grandes Pessoas que passaram por cá, etc.

Ass: Tiago Pereira

sábado, 28 de março de 2009

Crónica do Mês - Abril

Quero começar por um tema que em nada tem a ver com o que vou escrever mais abaixo. Estou muito contente pela homenagem justa que a Cooperativa Cultural de Fão fez ao Dr. Armando Saraiva. É uma pessoa que tenho o prazer de conhecer e que me ajudou imenso aquando da realização de um trabalho, na altura para a faculdade, sobre o Novo Fangueiro. Pelo bairrismo, pelo esforço e dedicação, e pela preocupação que tinha de escrever um jornal “para os emigrantes de Fão e para os fangueiros que estão cá na terra” sinto que é uma homenagem mais que merecida.

O Desporto em Fão:
Por ser a instituição que acompanho com mais atenção, sinto que existe, por vezes, algum distanciamento entre os fangueiros e o CF Fão. O clube deu um enorme passo em frente com as condições actuais que possui mas o bairrismo é algo que tende a desaparecer.
Isto é, desde a passagem para o Centro Desportivo que há pessoas que deixaram de ir ao futebol porque se sentiram algo descaracterizadas com a evolução. Porém, a evolução foi um enorme passo em frente, do qual me orgulho enquanto fangueiro, mas compreendo que aquelas pessoas que gostavam de ir ao Campo Artur Sobral assistir a um jogo do Fão, não sintam a mesma coisa agora que até têm melhores condições.
Esta ideia parece algo paradoxa mas não é assim tão difícil de entender. O bairrismo decresceu e a interacção entre o clube e o “povo” já não é a mesma. Portanto, há que chamar as pessoas de volta, o clube tem de mostrar que as quer a apoiar a equipa.
Ora vejamos: desde que a primeira fase do Centro Desportivo ficou concluída, quantas feijoadas voltaram a ser servidas ao domingo no largo da praça? As pessoas gostam disso e ganham simpatia para com o clube. E os preços dos bilhetes? Não é exagerado pagar 8€ ou 8,5€ por um jogo da III Divisão Nacional?
Em tempos de crise ninguém vai tirar estes valores do orçamento familiar para ir ver um simples jogo de futebol. Por mais 5€, já a contar com as viagens, apanhavam o Metro na Póvoa e iam, por exemplo, ver o Portugal vs Suécia ao Estádio do Dragão e tinham a oportunidade de observar o melhor jogador do mundo.
Depois do passo que deu, o clube necessita de se “reforçar” nas áreas certas. Identificar essas áreas não me compete a mim fazer porque não conheço o “interior” do clube mas, por exemplo, porque não criar um grupo de sócios do CF Fão? Poderia ser um espaço dedicado ao debate sobre o clube, onde, periodicamente, os associados pudessem expor ideias para além das Assembleias e ter, assim, um papel mais activo na instituição.
Devido aos anos que estive ligado ao Hóquei Clube de Fão não podia deixar de dar uma palavrinha sobre a instituição. Desde a altura que actual direcção tomou posse, que o clube tem andado, sem dúvida, para a frente.
O clube voltou a organizar o Torneio Internacional de Carnaval pelo segundo ano consecutivo, tem feito prestações francamente positivas nos diversos campeonatos que participa, tem transporte próprio, tem uma direcção entusiasmada com o clube e com os atletas, tem, por vezes, um número considerável de espectadores em dias de jogos e tem, também, alguns seccionistas muito dedicados. Pessoalmente não gosto de individualizar, mas não posso deixar de destacar o trabalho do Zé Paulo e da Ana Maria que têm sido incansáveis há vários anos. Peço desculpa se mais alguém merecia a distinção mas a verdade é que me alheei bastante do clube e o meu conhecimento já não é tão profundo sobre a actividade das pessoas.
Porém, há um senão. O clube, na minha opinião, é algo “fechado”. Dá a ideia de que vive apenas para aqueles que fazem parte da instituição. Por exemplo, por várias vezes os jogos de hóquei calham à mesma hora de um jogo do CF Fão. É natural que as pessoas se desloquem antes ao Centro Desportivo em detrimento do pavilhão. Porventura até gostariam de ir ver hóquei mas na hora de decidir optam pelo futebol.
Sendo o futebol a modalidade principal da freguesia, o hóquei tem de se adaptar a essa mentalidade e, se quer ter espectadores, deve estudar uma forma de os jogos não se realizarem à mesma hora dos seniores do CF Fão.
O Hóquei Clube de Fão não pode ser só os dirigentes, a equipa técnica, os atletas e os respectivos pais. Tem de ser os dirigentes, a equipa técnica, os atletas, os respectivos pais e todas as pessoas de Fão que gostem de hóquei.
Para terminar, gostaria de dar os parabéns à iniciativa que o Tiago Vale e o Américo Monteiro tiveram, ao levar atletas que deixaram de poder jogar andebol no ASP, que terminou com a modalidade devido, segundo o José Lavandeira, entre outras coisas, a exigências da Federação de Andebol de Portugal que a instituição não conseguia cumprir, e as colocaram a actuar no MaiaStars.
Finalmente, peço desculpa por não falar nas outras instituições desportivas da nossa terra mas não acho correcto fazê-lo sem conhecer as suas realidades, embora saiba o elevado esforço que é feito pelas pessoas para as manterem activas em Fão.
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Álvaro Gonçalves

domingo, 1 de março de 2009

Crónica do Mês - Março

A pedido de o meu colega e amigo Vítor Hugo para escrever uma crónica, bem eu aceitei e perguntei mas sobre o quê? Não menos assustado fiquei quando a resposta foi fala sobre Fão o que quiseres...

Bem foi então que me lembrei de toda aquela história que nos era dada na escola primaria sobre a nossa vila e então envolto em pesquisas comecei por tentar saber o que éramos antes de sermos Fão, e como me recordo de me dizerem que Fão fora outrora uma cidade do qual tinha o nome de “Aguas Celenas ” e por destino seria depois Fanum que mais tarde abreviando-se viria então a chamar-se Fão (a linda vila de Fão). Foi então que descobri com um livro de topografia do tempo de EL Rei D .Pedro II que então a sua origem é tão remota que se supõe Ter sido das primeiras fundações da antiga Lusitânia; era uma cidade populosa e importante, no tempo dos romanos que lhe deram o nome de “Aguas Celenas”, por correr junto dela o rio então chamado “Celano”, hoje Cávado, tendo recebido dos árabes o nome por que actualmente é conhecido.Além daquele nome, já citado, teve, também, segundo dizem alguns escritores antigos, Barra Celani, ou barra do rio “Celano” o que deu lugar a supor-se que a antiga cidade fora situada perto da foz do Cávado, hoje a nossa terra Fão.Outros sustentam que foi edificada pelos cartagineses, e ainda alguns cronistas opinam pelos romanos, e na confusão que há sempre quando se trata de procurar a origem de um nome remotamente usado suscita sempre a duvida de alguma coisa.
O que a esta cidade aconteceu, bem não sei não encontrei registos convincentes para poder relatar aqui mas do que dela surgiu isso sim FANUM hoje Fão outrora um local de burgueses observando-se pelos edifícios coloniais aqui levantados que são prova disso mesmo, também as igrejas e o mosteiro do senhor bom Jesus, imponentes e marcantes de períodos ricos e fartos do nosso passado…


Espero ter estado ao encontro dos leitores desta pequena crónica …


Ass: João Magalhães

sábado, 31 de janeiro de 2009

Crónica do Mês - Fevereiro

Hà alguns dias atrás recebemos um email de Belmiro Ferreira a trabalhar no Canadá, felicitando o trabalho que temos vindo a desenvolver no Conversadocafe, pelo que tem dado à comunidade de emigrantes por todo o Mundo!

Foi então que pedimos a este Fangueiro que nos falasse um pouco sobre Fão do outro lado do oceano…

“Estive em Fão no mês de Agosto mas não tive tempo para ver tudo! Infelizmente não tenho aqui Fangueiros para conversarmos sobre Fão e as noticias que tenho, ou é por telefone, com a minha família que vive em Fão, através do “NovoFangueiro” ou deste Blogue recentemente criado!
Penso que Fão está um pouco parado no tempo, embora também reconheço que nestes 20 anos em que estou no Canada, Fão melhorou bastante! Gostei em particular da limpeza das ruas, que dão logo uma imagem diferente para quem visita esta terra! Os vários contentores para o lixo e a separação do mesmo parecem um hábito consolidado pelas pessoas que habitam em Fão, Parabéns Fangueiros!
Gostei da Festa do Marisco e da Cerveja aliada à Feira de Artesanato, que apesar da crise em que vivemos o recinto esteve sempre a rebentar pelas costuras! A nível desportivo destaco o CFFão pela boa prestação na 3ª Divisão Nacional! Clube onde fui atleta, e já agora, felicitar pelas suas novas instalações, apesar que na altura em que jogava não havia nem metade das condições de hoje, apenas o respeitado Campo Artur Sobral!
Parabéns também ao Hóquei e à Canoagem de Fão e a todas as outras associações de Fão, pelo belo trabalho que têm vindo a desenvolver.
Noutro aspecto, e já que estamos em ano de eleições gostaria de aquando do meu regresso a Fão, ver um melhor aproveitamento da área entre a Ponte e o Hotel de Pinhal, que julgo estar muito mal aproveitada.
Do menos bom em Fão abordo algumas casas a cair, onde julgo que a Junta ou a Câmara deviam actuar nesse sentido evitando assim o crescimento de um Fão Velho e degradante. Destaco também o trânsito, o crime, e o barulho das pessoas da noite! Além disso, penso que os bares deviam fechar mais cedo e as bebidas alcoólicas proibidas a certa hora da noite tendo em conta os problemas que daí possam surgir! Vou parar por aqui, esperando um dia voltar a Fão para nos encontrarmos…! Muito obrigado!


Continuem com o vosso trabalho…"


Belmiro Ferreira CANADA

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Crónica do Mês - Janeiro

Todos os dias penso, farei algo de novo hoje, que não tenha feito ontem? - O que farei de tão belo que me fará lembrar este dia? - Irei viver o tempo de olhar para trás e ter orgulho dos momentos que vivi? - Poderei dizer adeus às pessoas que Amo, antes mesmo de um último bater de coração?

Perguntas essas às quais procuro resposta e não encontro. Perguntas que ficam para o dia seguinte e assim sucessivamente na busca incessante da mais básica resposta, mesmo que infimamente vaga.
Vai-me a vida dar oportunidade de aproveitar todos os momentos que me serão proporcionados: um breve sorriso, um abraço, um toque, um olhar, um carinho um gesto de solidariedade? Noites de insónia a pensar neste assunto, chego à conclusão que nunca irei aproveitar todos estes momentos.

Por certo vários factores, como causa efeito mais provável serão os mesmos do comum dos mortais, teimosia, orgulho talvez até um breve acto de arrogância.
Em cada dia que termina dou por mim a reflectir, será que o que fiz foi a melhor opção, podia eu ter feito de uma outra forma? Porque fiz assim? As opções que hoje tomei, terão impacto no meu futuro? Não posso dizer que sou uma pessoa suficientemente madura, e a minha curta vida faz-me acreditar que sim.

Com o passar do tempo chegam as responsabilidades e vão os divertimentos.
Poderei eu fazer algo de extraordinário todos os dias? Algo que me faça pensar não estou arrependido de ter feito isto. Penso que nunca haverá um dia assim.
Arrependo-me do que faço, porque não penso no acto antes de agir, isto é, vou agindo em conformidade com a intuição e só depois penso nas consequências das acções proferidas pelo meu eu...

"Embora seja curta a vida que nos é dada pela natureza, é eterna a memória de uma vida bem empregada."

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Crónica do Mês - Dezembro

Bem-vindo a Fão
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Certamente que o mesmo tempo e itinerário que eu calculei da Lapónia até Fão, serão outros para o Homem de Barbas Brancas que vem rebocado por alguns cervídeos, se bem que com menor velocidade no trenó.
Não terá dificuldade por cá passar, não se olvidará ele de Fão por tantas vezes distribuído as suas oferendas nesta quadra tão importante para os Cristãos.
Oh Oh Oh, interjeição, não haverá tradução alguma.
Mas “Bem-vindo” traduz-se bem. É ver traduzido em algumas placas que saúdam os transeuntes e condutores que passam na EN13 em São Bartolomeu do Mar ou nas ruas que dão acesso a Fonte Boa, por exemplo.
Uma toponímia com o nome da localidade, no topo em fundo branco. Por baixo e ao centro, a bandeira da União Europeia, e no interior, rodeada de doze estrelas a tradução de “Bem-vindo”.
Em lapão não consta traduzido. O Pai-Natal não reparará.
E em Fão, uma vila turisticamente bela, acolhedora e natural, como saúda quem a atravessa, quem entra pela Ponte Luís Filipe ou pela entrada sul?
Houve uma estrutura metálica, atravessado o Cávado e ao entrar em Fão, ali quase por cima do Arco da Ponte. Uns tubos e chapas de zinco com bandeiras de seis países e todas elas respectivamente com aquela tradução.
E na minha infância, empoleirados era por aí que descíamos, não pela escada da ponte, para brincar no rio.
E agora, ainda na ponte, já do outro lado, no sentido “daqui p’ra lá”, junto ao “Palácio da Merdeca”, aí mesmo onde era a Curva da Ponte, tem um objecto toponímico de cada lado, de um começa Fão e do outro acaba. E uns indivíduos da outra margem, da margem direita, da terra dos nabos… não queria dizer Gandra, vão lá e pintam-nos as placas, apagando o nome da nossa terra.
Esses que nos traziam o seu gado a pastarem na nossa junqueira e nos presenteavam as ruas com “postais” quando vinham recolher os bovinos.
A ponte não é nossa e não é deles. A ponte é de todos.
Ponham a toponímia do lado de cá, na margem esquerda, longe daquele “palácio”, naquele formato europeu que já se vê muito por Portugal fora, e outra na entrada sul.
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Que seja um Bom Natal para todos nós.
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Rui Armando Gonçalves Viana

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Crónica do Mês - Novembro

Por um Sorriso...
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Foi com imenso prazer e entusiasmo que recebi o convite para escrever esta pequena crónica sobre a vila de Fão.
Muitas coisas podem ser ditas e muitos sub-temas escolhidos sobre esta terra à beira-mar, airosa, de gente simpática e afável. No entanto a minha escolha recai sobre o meu emprego, cá na vila de Fão.
Tenho talvez o melhor e pior trabalho de sempre. Trabalho com aqueles que um dia serão o futuro desta vila, daí ser fundamente aplicar me nas bases e na formação que todos os dias dou a estas crianças.
Tão simples como distribuir sorrisos, como dar beijinhos e miminhos, como ensinar valores essenciais como a inter – ajuda, a partilha, como pedir desculpa, fazer desenhos com lápis coloridos e deixar crianças de 3, 4 e 5 anos sonhar e imaginar um mundo repleto de fantasia. Em dias menos bons, posso afastar uma lágrima solitária que teima em espreitar, posso dar colo tempos sem fim enquanto um pequeno ser humano soluça de tanta tristeza, tendo a desculpar a ausência da mamã com aquelas desculpas que todos conhecemos.
Enfrento gritos e gargalhadas, sorrisos e birras, perguntas e muitas curiosidades, dilemas “complicadas” como a angústia de ser o ultimo a acabar de lanchar.
Ofereço carinhos e gestos suaves, conto historias com final feliz, respondo a todas as questões que pairam no universo infantil, canto cantigas de roda, construo fantoches e deixo pintar sem pincéis.
Sou uma versão da amiga que brinca na casinha e faz de mãe, sou a “professora” que ensina finalmente que todos aqueles tracinhos podem ser transformados em letras com o nome de cada um, sou a mágica que lhes pinta um sorriso no rosto e os mima em todas as situações.

Considero-me uma sortuda por ensinar tudo aquilo que sei e por partilhar momentos de tão boa disposição como aqueles que enfrento diariamente.
Existira algo melhor que trabalhar naquilo que gostamos e receber o máximo de carinho possível?!

domingo, 12 de outubro de 2008

Crónica do Mês - Outubro

Pensamentos de Tiago - Ponte de Fão
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Foi-me adestrado um convite para a redacção de uma crónica sobre Fão. Eu, muito amavelmente, cá estou.
Estou para falar de um assunto que já é um clássico na nossa vila, a ponte de Fão.
Caros amigos, muita coisa tenho eu a dizer sobre a Ponte Luís Filipe. Primeiro de tudo, tenho-vos a dizer que não é Ponte D. Luís Filipe, mas sim Ponte Luís Filipe. E não, não foi o Gustav Eiffel que a projectou, mas sim o Eng. Abel Maria Mota.
Depois há que dizer qualquer coisa em relação às obras. Muito tempo o povo de Fão (e os de demais freguesias) esperou para que as obras de ponte se concluíssem (aliás, esperaram mais tempo para que elas começassem). E ei-la, mais bela do que nunca, mais firme do que nunca. No entanto, não tanto segura como antigamente! Não sei se já experimentaram passar na ponte de carro, mas, a seguir à cara do Professor Ferro Rodrigues, é a coisa mais assustadora que há! Praticamente não cabem dois Smart’s, lado a lado na ponte. Já ouvi relatos de amigos que dizem que quando não vem ninguém no sentido oposto aceleram ao máximo para chegar ao fim da ponte sem levar com um carro nos queixos!
E ainda me faz imensa impressão quando passam dois autocarros, um ao lado do outro! Mas também é de prever – toda a gente sabe que os motoristas dos autocarros são piores que qualquer mulher no volante… à maluca mesmo!
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